Apelo para a Humanidade

É urgente o amor.
É urgente um barco no mar.
É urgente destruir certas palavras,
ódio, solidão e crueldade,
alguns lamentos,
muitas espadas.

É urgente inventar alegria,
multiplicar os beijos, as searas,
é urgente descobrir rosas e rios
e manhãs claras.

Cai o silêncio nos ombros e a luz
impura, até doer.
É urgente o amor, é urgente
permanecer.

(Eugénio de Andrade)


porque, nos tempos que correm, todos os dias a cada hora, cabe mais significado nesta palavra...

um Santo e Feliz Natal em cada dia de 2005

desejo-vos
Paz, Esperança, Amor, Amizade, Solidariedade, saúde, mãos entrelaçadas, sorrisos, risos, abraços e tudo o mais que vos faz sorrir.

beijo terno,
Guida





e se,


de repente, o mundo se transformasse numa tela em branco...

que cores lhe darias?
que perfume teria cada movimento?


.
.
.
.
poderia associar aos rostos esta gratidão pelos sorrisos ou pelos olhos afagos de querer bem, e ainda assim o não faço, penso-a decorrente da mesma nascente deste meu amor pelas pessoas, pelos elementos, tão certa estou de que, neste vai e vem liquido de sentires, oceano existe que alberga a grande verdade.

locomovemo-nos pelos afectos.

o corpo interior guarda as impressões dos dedos, dos estames, aqueles que fendendo os muros se transformam em raízes e adensam o corolário dos instantes, em que - bem sucedidos, nos soubemos partilhar.
construímo-nos nessa partilha.
reincidentes construímo-nos como se primeira vez a cada novo tomar de alento, cada novo inspirar, como se o fôlego incendiasse os resumos anteriores e nos facultasse um novo tempo, um acréscimo de vida tempo quando afinal apenas nos perspectivamos num mesmo tempo, mas mais perto da graça do exercer do Ser.
concretizamos o Ser e somos perante o exemplo ou o reflexo, antes disso ou nunca isso, e estaríamos convencidos de habitar os olhos de um qualquer ser extravagante, gigante, como uma libélula.
.

o que é que tens de urgente para dizer?

aqui (link).


há tanto tempo atrás

foi quando os meus pés ficaram quietos, na segurança de um areal que se espraiou aos meus receios... estavas a um passo do tocar.

voltaste hoje àquele lugar onde tantas vezes eu quis ir...
reparo nos instintos que afinal não se perderam no emaranhado dos anos...

adivinhaste-me onde eu já te havia pressentido.
...
o sorriso espreita aqui
e é tranquilidade o que respiro.

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